Painel do Programa Mulher discute participação no Sistema e na sociedade
“Lugar de mulher é na Engenharia”. Vestindo a camisa com esse slogan, o presidente do Confea, eng. civ. Joel Krüger, denunciou, mais uma vez, a desigualdade de gênero no Sistema Confea/Crea e Mútua, durante o 11º Encontro de Líderes Representantes do Sistema Confea/Crea e Mútua, em Brasília.18 de fevereiro de 2022, às 14h30 - Tempo de leitura aproximado: 3 minutos
O Painel do Programa Mulher promoveu um encontro nacional das representantes dos comitês gestores do Programa Mulher nos Creas. O Crea-AC, representado pela conselheira Dra Lya Beiruth somou seu relato de atividades aos apresentados pelas demais participantes, as quais apresentaram trabalhos recentes desenvolvidos em 2021. Em comum, boa parte dos comitês gestores do Programa Mulher pretende mapear a atuação feminina nos estados para expandir ações que alcancem as inspetorias no interior.
O evento foi marcado pela apresentação da composição do Comitê Gestor do Programa Mulher para 2022 e pelas palestras da Promotora de Justiça do Ministério Público do Rio Grande do Norte, Érica Canuto, sobre “Homens e mulheres no Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar” e “O dia a dia da inclusão feminina no mercado de trabalho”, com a engenheira agrônoma Laisla de Gouveia, coordenadora de Sustentabilidade do Ifood, e por uma mesa-redonda sobre “A experiência com implantação em política de gênero nos Creas e em entidades”, conduzida pela presidente do Crea-RS, eng. amb. Nanci Walter, com as coordenadoras do Programa Mulher dos Creas Amazonas, eng. pesca Alzira Miranda, e Mato Grosso do Sul, eng. ftal. Mariana Amaral; a presidente do Crea-RN, eng. civ. Ana Adalgisa; a vice-presidente da Fisenge, eng. civ. Elaine Santana Silva, e a presidente da Associação de Mulheres Profissionais do Sistema Confea/Crea e do CAU – AMP (AM), eng. civ. Kelly Ambrosio Neto.
Diretora Administrativa da Mútua-AC, Soraya Lima, a presidente Carmem Nardino junto com a conselheira Lya Beiruth prestigiando o painel do Comitê Gestor do
Programar Mulher.
“Procuramos vestir a camisa, que é uma demonstração da força da mulher na Engenharia, da força da mulher na sociedade. O Programa Mulher não é só para a mulher profissional, é para a mulher na sociedade onde a mulher está inserida. O problema ocorre de maneira generalizada. Prioritariamente, é em relação à mulher profissional, mas o Programa não está isolado da sociedade”, disse, saudando todos os presentes. “Esse auditório lotado demonstra que a nossa expectativa foi plenamente atendida. Espero que no próximo ano seja em um auditório maior, e também na Soea (77ª Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia, a ser realizada em Goiânia, de 4 a 6 de outubro)”, comentou.
Presidente Joel Krüger: vestindo a camisa para mais um ano à frente do Comitê Gestor do Programa Mulher do Sistema
Krüger apresentou as campanhas publicitárias e um resumo da atuação junto a entidades nacionais e internacionais, convidando os participantes a engajarem-se na programação do Dia Internacional da Mulher, 8 de março. “Estarei na reunião da Federação Mundial de Organizações de Engenheiros (FMOI), na Costa Rica, levando o tema da mulher nessa atuação geral. E seria importante que a gente tivesse ações coordenadas”, disse, convidando todos a participarem de um ato de valorização da mulher, durante o lançamento da 77ª Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia – Soea, um pouco mais tarde, às 18h30.
Para Joel, a preocupação com a participação feminina precisa ser permanente e é necessário ocupar espaços de direito às mulheres em toda a sociedade brasileira, como em relação à crítica ao vídeo misógino que levou a uma nota de repúdio do Programa, na semana passada. “Nós nos colocamos em repúdio ao vídeo. Mas aquilo é o dia a dia. Chamou atenção porque tinha um grande acidente, porque apareceram engenheiras e porque um deputado se manifestou. Mas aquilo apenas centralizou tudo aquilo que ocorre no dia a dia. Quando começaram as notas, elas irradiaram pelos Creas, a Mútua e as entidades”, diz.